Sempre me perco em becos escuros,
Quando resolvo procurar teu olhar.
Sempre fico sem saber nem mesmo quem sou,
Quando te vejo brincando nos meus olhos.
Quando caminho pelas ruas e esquinas da sua vida,
Sempre escondida atrás de uma vela que me guia.
Ouvindo aquela música que traz vontade de chuva, de terra.
Sentindo o gosto do marrom dos seus olhos,
Derretendo nos meus lábios.
Cantando 'case-se' comigo, enquanto caminhamos nos jeans velhos e rasgados,
E fazendo planos que não amanhecerão o dia conosco.
Seguindo as placas que tem formato duvidoso,
Cores diferentes e gosto de calda de morango.
Ah, as placas que encontro ao seu lado,
São tão saborosas, cada esquina, cada viela...
Sentir as gotas de chuva molharem meu rosto,
Sentir o frio que aquece a alma,
Sentir sua falta quando acordo,
E ainda estou a sonhar, e rir.